segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Amamentação: A Moda do Pouco Leite

Olá!!
quero começar a falar de alguns assuntos importantíssimos...o primeiro deles é amamentação. Vou falar do que li, de como tem sido minha experiência pessoal e trazer alguns depoimentos de pessoas que conheço, porque é um assunto polêmico e cada um tem uma experiência muito particular. Postei abaixo um link de um assunto que realmente está muito 'na moda' e que estou vivendo pessoalmente...Mais para frente conto um pouquinho da minha história pessoal.
Um beijo!

Amamentação: A Moda do Pouco Leite
Amamentação: A Moda do Pouco Leite
Estou realmente bem preocupada com a quantidade de mamães que me procuram por acharem que estão produzindo pouco leite. Quando iniciei com o trabalho de consultoria em amamentação, os problemas eram fissuras, dor para amamentar, ingurgitamento, as dificuldades iniciais da amamentação, e o panorama está mudando. Mamães desesperadas, tendo que dar complemento de fórmula artificial porque seu leite está diminuindo.
Vou tentar não ser muito técnica para escrever sobre o assunto, mas acho importante essa discussão, já que virou moda o assunto!
Quase todas as mães podem produzir leite suficiente para um ou até mesmo dois bebês, desde que o bebê sugue efetivamente e mame tão frequentemente quanto queira. Isso significa que, o bebê tem que esvaziar completamente a mama para que as glândulas mamárias produzam mais leite, e as mamadas devem ser sem rigidez de horários, sempre que o bebê emitir o sinal de fome.
Mesmo quando uma mãe acha que tem pouco leite, o bebê em geral está mamando todo o leite de que necessita. A quantidade de leite que as mamas produzem é determinada pelo volume que o bebê retira; quanto mais leite o bebê retira mais se produz.
Em alguns poucos casos de mães que não conseguem produzir leite suficiente, isto se deve à falta de um adequado desenvolvimento da glândula mamária ou a distúrbio hormonal, saliento aqui que são casos raros.

Ocasionalmente, a mãe pode observar que não houve mudanças em suas mamas durante a gravidez ou nas primeiras semanas depois do parto e não conseguir retirar leite do peito nos primeiros 4-5 dias. Ela pode ser uma dentre as poucas mães que não são capazes de produzir quantidade suficiente de leite.

As mães referem uma variedade de sinais que as levam a pensar que estão produzindo pouco leite. Entretanto, existem apenas dois sinais que mostram de forma confiável que o bebê não está mamando leite suficiente. Esses dois sinais são: pouco ganho de peso (e isso também depende do biotipo de cada bebê) e eliminação de pequena quantidade de urina e concentrada (muito amarela).
Existem outros possíveis sinais que podem significar que um bebê não está mamando leite suficiente (atenção, possíveis sinais):
Um bebê que não parece satisfeito após as mamadas ou que quer mamar com muita frequência ou por tempo prolongado em cada mamada, pode estar sugando de forma ineficiente, ou seja, apresenta uma pega ruim, consequentemente não consegue obter leite facilmente, podendo apresentar pouco ganho de peso.
Se um bebê mama de forma infrequente ou se não mama à noite, a mãe pode produzir menos leite. A maioria dos bebês mama 10 a 15 vezes ou mais durante 24 horas, especialmente nas primeiras semanas. Se um bebê mama menos que 8 vezes em 24 horas ele pode não obter leite o bastante. Uma razão comum pela qual um bebê não consegue leite suficiente é quando a mãe lhe dá mamadas muito curtas. A maioria dos bebês mama de 15 a 30 minutos ou mais em cada mamada. Quando eles conseguem todo o leite que desejam eles próprios largam o peito. Se uma mãe interrompe a mamada em poucos minutos seu bebê pode não obter todo o leite de que necessita e pode querer mamar logo.
Se o bebê chora muito, a mãe pode pensar que tem pouco leite. Entretanto, há outros motivos pelos quais um bebê chora. Às vezes, os bebês parecem mais famintos que o habitual por alguns dias, possivelmente porque estão crescendo mais rápido que anteriormente. Isto é chamado de salto de crescimento e desenvolvimento. Alguns bebês choram muito porque precisam ser abraçados e carregados mais que outros. Outra razão comum para o choro é a cólica. Um bebê com cólica geralmente chora de forma contínua em certo período do dia, geralmente ao anoitecer. O bebê pode encolher suas pernas como se tivesse dor abdominal. Bebês com cólica crescem bem e o choro geralmente diminui depois dos três meses de idade.
A frequência com que bebês, adequadamente amamentados e sadios, evacuam é variável. Alguns bebês não evacuam por vários dias enquanto outros o fazem oito ou mais vezes ao dia. Entretanto, as fezes de um bebê amamentado são semi-líquidas e, quando infrequentes, geralmente são eliminadas em grande quantidade. Se um bebê evacua de maneira infrequente e as fezes são pequenas, duras, secas ou verdes o bebê pode não estar mamando todo o leite de que necessita.
Dar alimentos complementares antes de 4-6 meses, mesmo que seja água, ou o uso de chupeta, fazem com que o bebê sugue menos o peito. Mamadeiras e chupetas podem também interferir na pega do bebê ao seio. Como resultado, a mãe produz menos leite.
Também existem as razões relacionadas ao estado psicológico da mãe, e é bastante comum: falta de confiança, preocupação, estresse, cansaço. E qual mãe nunca passou por isso???
Mães preocupadas ou estressadas podem ter dificuldades de responder a seus bebês e de satisfazê-los. O estresse agudo pode reduzir temporariamente o fluxo de leite e, assim dar a impressão de que este diminuiu. Vira uma bola de neve, estresse, pouco leite, mais estresse, bebê chorando, muito mais estresse, mamadeira, menos mamadas, menos leite.....desmame precoce!
Quando a mãe se tranquiliza, e amamenta sem preocupações, deixa a natureza fluir, a amamentação acontece naturalmente. Porém, as mamães que pensam ter pouco leite precisam de ajuda e apoio de uma pessoa capacitada para superar essa dificuldade e ultrapassar mais uma barreira da amamentação.
Será que as índias tem dúvida em relação à sua capacidade de produzir leite? Claro que não, elas confiam em si mesmas!

Abraços,
Nutricionista Rosane Baldissera
Consultora em Amamentação – Porto Alegre/RS
Fones: (51) 95329195 ou 91684658
Parceira do Blog Da Fertilidade à Maternidade


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Maratona dos primeiros dias



Onze dias após o parto, finalmente consigo um tempinho para escrever, enquanto Anna Beatriz dorme tranquilamente do meu lado na mesa de café. Minha neném nasceu com 3730kg, medindo 49,5 cm. Um bebezão enorme e cheio de saúde! tenho que admitir que me perguntei como ela saiu de mim, porque sou pequena...no wonder eu ter ficado tão barriguda...e é isso, meus queridos, você carrega a mocinha no ventre por 9 meses, para ela nascer a CÓPIA do pai. Para não dizer que não tem nada de mim, consegui printar uma covinha na bochecha esquerda, que eu herdei da minha bisa. Mas é uma delícia você ver que botou no mundo alguém tão parecido com o homem que você escolheu pra ficar do seu lado e te acompanhar pela jornada da vida.
Bibi não nasceu de parto normal...apesar das contrações alucinantes, não consegui dilatar nem um cm e olha que eu e meu médico tentamos e esperamos, porque ele sabia como era importante para mim...mas com o nível das contrações e zero de dilatação, eu ia desmaiar, o feto ia entrar em sofrimento desnecessário e on top of it all, a cabeça dela estava fletida para trás, o que dificultaria o parto absurdamente, correndo o risco de eu ter de fazer uma cesárea anyways... a verdade é que fiquei muito frustrada, com a sensação de não poder por no mundo de forma natural minha própria filha...mas depois de olhar para a carinha dela, ver o quanto ela nasceu bem, a gente começa a entender que já começamos a ser mães no momento que colocamos nosso ego de lado  e abrimos mão de todas as convicções que carregamos a vida inteira em prol desse serzinho que nasceu agora. O importante é ela estar bem....o resto é o resto...
Só um adendo: na hora da anestesia é strawberry fields forever! O povo te puxa, te torce, te corta e tranquilamente você recebe seu bebê em uma meia hora. Seu marido apavorado acompanha tudo isso e não entende como podem ter 4 mãos mexendo e você e estado meio de transe...
Mal sabia eu que a maratona ia começar!
Bebê vem mamar, é a sensação mais maravilhosa do mundo...a primeira vez que ela procura o peito é mágica e é surpreendente. Hospital lotado, consigo quarto 12 horas depois...Alojamento semi-contínuo (de dia, pq de noite mamãe tem que descansar um pouquinho), mamadas de três em três horas, enfermeiras ótimas, enfermeiras que falam besteira na sua orelha, visita, obstetra que vem checar pontos, visita, soro, medicamento que dá sono, mais mamada, gente que fala que tem que mamar 10 mins em cada seio pra não fissurar, visita, enfermeira que diz que tem que mamar o tempo que quiser, mais visita, só vem colostro, neném perdeu peso, chora sem parar no berçário  chamam papai pra acalmar, papai acalma, neném está com um pouquinho de febre, enfermeira diz que esta desidratado, mais visita, neném chora, enfermeira diz que vai precisar de complemento, mãe chora porque sente-se incapaz de alimentar a  filha, diz que não quer complemento, pai consola e convence, mãe topa dar complemento, febre baixa, neném perde ainda um pouco de peso, mas com velocidade mais baixa,  glicemia ok, neném mama, fissurinha no seio que dói um pouco, cansaço, visita, hora da alta, mais complemento, time to go home, car seat, neném dorme, papai insiste em comprar Nan, chega em casa, tudo tranquilo, papai e mamãe felizes, neném no carrinho, mama, dorme no quarto no berço de camping, mamãe e papai não dormem direito olhando neném, dia seguinte abriram a tampa do inferno em SP, calor e mais calor, neném mama, troca muita fralda, primeiro banho em casa, papai e mamãe trabalho em equipe, neném chora e grita, febre de 38 graus, desespero, irmã no telefone fala pra manter a calma, toalhinha com água morna no pé da criança, febre baixa, pediatra na linha, manda dar mais complemento porque criança está desidratada, criança bebe e dorme, febre baixa, dia seguinte no pediatra recuperou um pouco de peso, neném está bem...
Realmente não é fácil...principalmente por quem opta por ficar sem babá ou enfermeira neste início...para mim é muito importante conhecer bem meu bebê, entender o funcionamento dela, como ela se comunica, do que ela gosta...por isso quis ficar o máximo pertinho dela.  Mesmo não dormindo direito à noite, vale muuuuuito a pena!
Mais para frente vou falar um pouco de amamentação, das minha experiência pessoal, expectativas e dicas. Aguardemmmmmmm...